Ele foi, ele veio. Se enroscou nas minhas pernas, pediu carinho, e foi embora. Voltou num domingo a noite e recomeçou a cantar sua solidão. Meu coração ficou apertado, mas eu não sou mulher de malandro, não. Ele vai embora, mas retorna toda semana. De vez em quando eu me rendo, outras vezes me fecho. Meu gato bem que podia escolher o que quer.
sábado, 26 de novembro de 2011
sábado, 12 de novembro de 2011
Os planos, muito mais que lindos, eles ficarão.
Planos de vida são como projetos de pesquisa: a gente tem uma hipótese, um protótipo de teoria, uma metodologia qualquer (que deve ser justificada posteriormente), a análise dos dados, os fatos que nos refutam, as abstrações... Projetos de pesquisa são feitos para serem jogados fora, afinal, são os pequenos passos didáticos que nos levam ao fim de um projeto e ao começo de um novo. A gente muda, vira, revira, sofre porque estava errada, fica alegre quando acerta ou quando faz as coisas certas, mesmo que o resultado não seja o esperado. Ou seja, o trabalho posterior pouco tem a ver com o projeto em sí.
Enfim, tudo isso é levado em conta na hora de se elaborar um plano de vida. A gente o faz pensando que sua finalidade é conquistar os nossos objetivos, muito embora eles mudem no próximo mês ou no próximo ano. A gente se foca no resultado e esquece de aprender com as metodologias, os caminhos e descaminhos que nos são apresentados ou impostos pela vida. O problema é que, na hora de elaborar um plano de vida, somos tão positivistas, quando deveríamos ser empiricitas. Planos são lindos na teoria, enquanto na prática tudo muda. E está tudo bem, porque fazer planos é sonhar, e a não realização não implica, necessariamente, em perda.
É, os planos, muito mais que lindos, eles ficarão. Como reminiscências da pessoa ingênua e sonhadora que um dia fomos, em comparação ao presente. Como prenúncios de um futuro promissor, que sempre que chega vira presente e, numa surpresa espetacular, se transforma e vira a gestação de algo novo. Vira mais um projeto a ser desconstruído.
ps: elocubrações de uma sexta-feira, véspera de feriado, nos recantos mais vazios da madrugada. Melhor momento ever para dar asas ao que fica reprimido durante o dia, por debaixo da rotina, do trabalho, dos direitos e deveres.
Enfim, tudo isso é levado em conta na hora de se elaborar um plano de vida. A gente o faz pensando que sua finalidade é conquistar os nossos objetivos, muito embora eles mudem no próximo mês ou no próximo ano. A gente se foca no resultado e esquece de aprender com as metodologias, os caminhos e descaminhos que nos são apresentados ou impostos pela vida. O problema é que, na hora de elaborar um plano de vida, somos tão positivistas, quando deveríamos ser empiricitas. Planos são lindos na teoria, enquanto na prática tudo muda. E está tudo bem, porque fazer planos é sonhar, e a não realização não implica, necessariamente, em perda.
É, os planos, muito mais que lindos, eles ficarão. Como reminiscências da pessoa ingênua e sonhadora que um dia fomos, em comparação ao presente. Como prenúncios de um futuro promissor, que sempre que chega vira presente e, numa surpresa espetacular, se transforma e vira a gestação de algo novo. Vira mais um projeto a ser desconstruído.
ps: elocubrações de uma sexta-feira, véspera de feriado, nos recantos mais vazios da madrugada. Melhor momento ever para dar asas ao que fica reprimido durante o dia, por debaixo da rotina, do trabalho, dos direitos e deveres.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
A peça no buraco
De 15 em 15 minutos, meu relógio me lembra que perdi 15 minutos de vida sentada aqui na frente do computador olhando uma tela branca, a qual eu não via faz meses. Todo sábado eu reservo para ir ao cabeleireiro, mas nem sempre isso é possível. Aos finais de semana, eu pretendo andar no parque e pedalar pelas ruas, mais tranquilas, de São Paulo. Cada coisa ou atividade em um compartimento de tempo. Quer saber? Nesse jogo, a regra é clara: para cada peça, só existe uma passagem correspondente. E a gente só sofre quando tenta fazer caber a estrela no círculo, ou o quadrado no trapézio.
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