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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Me diz que foi ilusão!

Passeando os olhinhos pela internet, achei o blog do Paulo Coelho no globo.com. Nada demais, já que até mago entra na era cibernética. O problema foi começar a ler os textos e identificar aquele tom "auto-ajuda" que domina e transborda e corrompe o ser humano. Sabe como é? Aquele jeito que o escritor dá para dizer que se o lápis caiu há uma razão transcendental e nós devemos refletir sobre as nossas ações constantemente, já que nesse engodo cósmico tudo o que vai volta; nós semeamos hoje o futuro. Esse tipo de coisa que todo mundo conhece e tem gente que ama. Pois bem, euzinha tenho pavor imenso de um dia sair desse lugar estéticamente auto-crítico que eu tento manter e cultivar e construir a duras penas. Cada um que ocupe o lugar que deseja, sem preconceitos. Ele, provavelmente, ganha mais dinheiro em um dia do que eu vou jamais vou ganhar a minha vida inteira.

Acontece que eu fiquei tentada a ler uns posts do mago-escritor e acabei me deparando com um problema: talvez eu tenha um olhar "auto-ajuda" para certas coisas. Grande revelação. E o pior foi perceber que talvez eu já tenha escrito algumas centenas de frases tão "auto-ajuda" quanto aqueles 3 posts. Inconscientemente, estava mais próxima daquilo que sempre critiquei do que daquilo que sempre acreditei ser. Resumo da ópera, vou passar a ser uber-crítica de Shakespeares e Clarices Lispector, só para ver se dessa vez chego mais perto de escrever bem.

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