Não saberia dizer o que incomodava mais: o barulho das máquinas ou a presença de pedreiros na sua casa. Deixavam marcas nas paredes e ninguém sabia exatamente para quê tanta violência ao marretar as calhas. Tudo em prol da estética e da boa aparência, sabe? Aquele ar de casa cuidada e vida nova. Quem sabe essa reforma toda não fosse como tratamento de canal, a gente tira o nervo mas deixa vivo. Sensível, mas vivo.
Às vezes é preciso transformar para transcender. Que pérola, não? Que eu gostava do jeito de antes, ah eu gostava. A casa era sinônimo de mim e estava tudo uma beleza. Agora eu preciso aprender a ser sinônimo dela, ou me emancipar de uma vez.
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