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Em Busca do Estágio Nada Perfeito
Tem algumas suposições que não podem ser feitas e de vez em quando elas simplesmente acontecem, nos piores momentos possíveis. Certa tarde ensolarada, em busca do estágio nada perfeito, mas necessário para a formação profissional de qualquer pessoa, a jornalista que vos fala estava sentada à mesa com mais quatro estudantes candidatos à escraviários de uma empresa imobiliária. Para quem tem problemas com verborragia e fala a primeira palavra que surge, entrevista de emprego é o fim.
Lá pelas tantas, surge a tal da questão: Que filme você é? Que palavra te define? Ou qualquer coisa que o valha. O arrogante do meu lado pegou animal e disse que era um falcão, eu quase segurei meus olhos. A outra disse que a palavra que a definia era esperança, eu achei até que adequado, mas um pouco ingênuo. Eu peguei fruta. E eu tinha acabado de falar que eu tinha morado em NY, Big Apple, sabe? Big City Girl e todas essas baboseiras passaram voando pela minha cabeça. Escapoliu: maçã! E, bom, quer fruta mais comum que maçã? Ou mais pervertida, se você é católico? Do pecado!
Tem mais, porque eu ainda tive que explicar a escolha. E eu inventei uma história linda: A maçã é uma fruta comum, mas ela tem um quê especial porque todo mundo gosta. E tem aquela casca vermelhinha, eu sou aquela maçã que fica no topo da pilha, com casca brilhando. Bocuda Mór!Melhor mesmo era ter falado que eu tive um derrame e perdi a memória de todas as frutas. Ou então que eu era um limão, azeda, mas com um pouco de cachaça ou vodka, eu virava uma caipirinha da boa.
Ainda bem que era um estágio nada perfeito e a pateticidade da situação diverte até hoje.
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