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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Buzina, que eu gosto!

O trânsito pode ser um novo âmbito de socialização, ainda mais quando gerado pela ineficiência da polícia cívil e do esquadrão anti-bombas em perceber as diferenças entre uma granada real e um vidro de perfume, provavelmente de segunda linha, ou pelos manobristas que demoram séculos para conseguir devolver os carros aos seus donos.

Todo mundo já ouviu alguma história de alguém que namorou um vizinho de carro ou trocou número de telefone. Talvez o homem tenha tentado trocar uma palavra e a mulher do carro do lado tenha fechado o vidro bruscamente, se sentindo ofendida. Quem sabe quantas buzinadas a coitada não ouviu depois, porque ele se sentiu com o ego ferido.

Não atesto a veracidade dos fatos, mas foi-me relatada a seguinte história: chaveco de farol, homem tenta fazer gracinha com mulher imitando propaganda e, como  também não tinha tempo para dar seu número de telefone, simplesmente arremessa o aparelho para dentro do carro dela pela janela. Ironia do destino ou não, ela acelera e vai embora, mantendo o presente dado pelo estranho mais mão aberta que ela encontraria na vida. Afinal, quem tinha falado que ela queria manter contato? Nem buzina ela teve que ouvir. E ele deve ter se perguntado: por que a realidade não é igual à propaganda?

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