Outro dia estava relembrando com meus primos as minhas pequenas travessuras de criança. Como é bom lembrar que teve uma época em que você não precisava controlar o que dizia ou fazia. Saia fazendo e depois é que descobria quão certo e errado era. Aprendia errando e vendo os outros errar. Hoje em dia eu fiquei uma chata burocrática que pensa cinco vezes antes de dizer, escrever ou fazer qualquer coisa, por mais banal que seja.
É, acho que cresci.
Mais precisamente, cresci um metro e sessenta e cinco centímetros desde 1986. Passei pelas fraldas descartáveis, chupetas, mamadeiras, bonecas, barbies, diários de adolescência, namoricos, paquerinhas, cinemas incontáveis e cheguei ao hoje, ao dia em que eu lembrei que um dia eu tentava fazer perfume com água, álcool e pétalas de flor. Um dia, eu também já enfiei uma banana na testa da minha irmã enquanto ela fazia uma lição de casa no computador. Outro dia, eu acordei ela de um pesadelo dando uma travesseirada nada amistosa. E ainda, durante todas as memórias, pensei: "eu já troquei as fraldas dessas crianças que estão na minha frente, falando dos seus namorados e paqueras".
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