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sábado, 26 de dezembro de 2009

Melodramas despropositados

Almodóvar tem sempre aquele tom melodramático e poético, cafona e delicado, completamente kitsch. Não fosse fim de ano, talvez eu não chorasse. Mas é e, fazer o quê, o filme tem aquele ponto melodramático de mostrar algo sentimental no plano sensível. Fiquei emocionada mesmo. Sai de olhos vermelhos do cinema do shopping Bourbon, que diga-se de passagem tem muitas vantagens por ser novo.

O filme chama "Abraços Partidos" e é o primeiro do diretor com uma personagem central masculina. Concordo quando dizem que não é o melhor filme dele, mas continua um bom filme. Fala um pouco de amor, amizade, família e poder. Temas extremamente contemporâneos. Um roteirista de cinema, cego, vê o seu passado revirado por um jovem amigo, filho de sua agente. Encostado na parede pelo menino, decide relatar a verdade: como foi seu último filme, a perda da visão e a mudança de nome. A agente, então, conta o seu lado da história e surge a verdade. O que fazer quando se descobre o passado? Os porquês, comos e tudo mais? Fica a pergunta, para quem puder imaginar uma saída melhor que a do filme...

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