Sábado de madrugada, tomando aquele caldinho de feijão saidera, deu de pertubarem a nossa mesa do Filial. Um advogado mais para lá do que para cá tentou pegar o cigarro do moço da mesa do nosso lado, que tinha só saído para fumar. Resultado: teve que passar pela gente de novo para devolver o cigarro e voltar para a sua mesa. Na volta, fez questão de justificar o ato ilícito, justo para mim que estava revoltada pela invasão do espaço alheio. É mesquinho e ato duvidoso, do ponto de vista da vigilância sanitária, pegar maço esquecido ou roubar cigarro de outros. Compra logo o seu, é só 4 reais... Vai vir fechado e cheio.
Eu estava nada interessada na explicação, mas o cara estava bêbado e o papo acabou deslanchando. O amigo dele não estava tão bêbado e era bem mais interessante, diga-se de passagem. Entabulamos conversa e fomos indo noite adentro. O bêbado intervinha para falar do quanto já tinha bebido, fazer elogios. O outro falava da vida, e a conversa seguia. O bêbado encontrou uma amiga e começou a conversar com ela ( graças! ). O problema é que ele sempre voltava a atenção para a nossa mesa de novo, fazendo algum comentário impertinente e desconexo.
Quando ele pediu carona, mais do que rapidamente eu pedi a conta. Putaqueopariu, era demais! Segurei minha língua para não soltar logo aquela pérola verborrágica um tanto quanto ríspida e grossa. A conversa estava seguindo rumos indesejados, ainda mais com um bêbado inconveniente. Saimos de lá mais do que rapidamente, deixando os dois com os chopps de saidera deles. C'est la vie. Eu só queria mesmo era tomar um caldinho de feijão, conversar um pouco antes de terminar a noite e ir dormir relaxada, mas tinha um bêbado no caminho. Acompanhado de um amigo que ficava cada vez mais incomodado também, mas se é amigo de verdade aguenta cada uma...
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