Certas vezes eu sinto o desprazer de ter coisas entaladas na garganta. E aquela vontade de jogar na cara tudo que o outro fez ou deixou de fazer urge violentamente, de forma tão agressiva que derruba qualquer barreira de sanidade. As cartas e as mensagens saem mal escritas e passionais, um melodrama mexicano da pior espécie. As falas saem gaguejadas. Lágrimas escorrem, Maria do Bairro ganha vida e tudo dá errado.
Por isso que, hoje em dia, o meu estoque de Listerine e Cepacol triplicou. Tem alguma coisa entalada na garganta? Gargareja primeiro, antes de sair botando a boca no trombone.
Adorei essa, Ju! Tô precisando providenciar isso também. O estrago às vezes é incontornável... Se eu tivesse pensado nisso antes!!!
ResponderExcluirEstragos que são incontornáveis a gente dá de ombros e diz "fazer o quê?, já passou", mas quando existe espaço para o diálogo, o melhor mesmo é buscar a fala mansa mineira e não a verborragia paulistana.
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