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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Escreve, apaga, reescreve, deleta post!

A odisséia pelo tema perfeito, escrito de maneira mais estética, é sempre uma crise. Porque tem dias que só o silêncio faz sentido e a obrigatoriedade de escrever pesa nos ombros. O branco fica pasmo, ali, à espera da grande revelação da criação artística/jornalística. Os dedos passeiam vagarosos por cima das teclas, escrevendo as primeiras besteiras que vêm à cabeça. Besteiras essas que demoram milênios para vir à tona e são tão detestáveis quanto as notícias populares da imprensa marrom, os poemas espontâneos cliquês (que às vezes a gente acredita serem maravilhosos e avant-garde, mas convenhamos, no dia seguinte são piores que as músicas da Xuxa ou as pérolas do Paulo Coelho) e as crônicas ditas metafísicas a la Clarice Lispector que são mera reprodução de estilo alheio. 

Por isso, vou respeitar a minha falta de assuntos e de comunicabilidade para dizer que, de vez em quando, até uma bocuda master fica sem ter o que falar. Algumas  vezes, quando a autocrítica/ autocensura bate na porta (vide final do parágrafo acima), outras quando algo se revela indizível e curtir esse mistério parece ser o mais sensato.

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