Existiu uma vez, algum tempo atrás porque eu brinquei demais, um jogo de plástico com cubos brancos de gelo e um urso equilibrista. O objetivo era derrubar a maior quantidade de blocos de gelo sem deixar derrubar o urso. Hoje em dia eu acho que esse jogo estava preparando as crianças para quebrar o gelo naquelas situações um tanto constrangedoras ou intimidantes que fazem parte da vida.
Ex-namorados (com fins tempestuosos, vai...) que se cruzam cotidianamente, por estudarem na mesma universidade, são exemplo clássico. Você cumprimenta, pergunta como vai a vida mas a conversa fica por aí. Ir adiante não parece mais fazer sentido, o que causa certo estranhamento porque, afinal, a pessoa conhece uma parte de você que talvez ninguém mais conheça. Mesmo assim, os dois continuam ali, um do lado do outro, meio sem assunto e sem achar uma forma de sair dali. O jeito é botar em prática todo o conhecimento adquirido, fazer malabarismos para iniciar uma conversa real e quebrar o gelo ou sair pela tangente e inventar uma justificativa para sair dali o mais rápido possível (tipo: Preciso passar no xerox).
Primeiro encontro é outro happening em que, se o discurso não é elaborado o suficiente para quebrar o gelo, um beijo encobre logo o silêncio bizarro que fica entre as duas pessoas que não se conhecem, mas estão dispostas a se conhecer melhor. Se beijos encobrem demais a jogada, talvez o apelo seja meramente sexual e aí incentivar e prosseguir é uma questão de escolha (Vale a pena?).
E, bom, até hoje estou aprendendo a quebrar as pedras de gelo sem deixar o urso cair. Coisa difícil esse jogo de cintura...
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Nunca soube como agir nessas situações, e ó que eu era boa no Quebra-gelo.
ResponderExcluirNunca soube jogar. Achei que podia ser uma solução, sabe? Tinha esperancinha que fosse só aprender a jogar Quebra-Gelo. Acho que vou ter que espandir o horizonte dos jogos...
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