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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Global, Local, Glocal!!

Globalização é quase um termo banalizado atualmente, mas tal fenômeno histórico-social parece ditar as regras e reger a comunidade mundial: transnacionais, investimentos, bancos, mercados, instituições financeiras. Um verdadeiro castelo de cartas, em que diferentes países estão intimamente ligados, financeiramente ou comercialmente, puxa uma carta e vê quem cai primeiro ou vai mais fundo. Mas não acaba por ai. Com a facilidade de trânsito (de idéias, pessoas, cargas), nos transformamos numa comunidade com aspectos culturais homogêneos, difundidos worldwide. Dentro de tudo isso, coloca-se todo o conhecimento acadêmico difundido nos congressos internacionais e nas teorias produzidas pelo primeiro mundo. Pensando nas teorias de educação agora, sendo simpelsmente trazidas (para não dizer importadas) ao nosso país sem grande critério para adaptação na prática.

Entra em questão a necessidade de se explorar criticamente tudo aquilo que é posto pela academia internacional e pelas editoras de material didático (para estudo de línguas estrangeiras) como sendo a forma correta de se estimular alunos a desenvolverem capacidades, conhecimentos. A prática deveria ser algo que perpassa pelo senso crítico e pela intuição de qualquer um; sensibilidade e conhecimento de mundo; afeto e disciplina para o processo de desenvolvimento do Saber Local. Levando em consideração aqueles aspectos do contexto social em que cada classe e cada aluno estão inseridos  para criação de métodos que auxiliem a tarefa de mediar o acesso do aluno ao conhecimento teórico.

Utilizando-se do Global e do Local, chegamos então à fusão de ambos: o Glocal. Aquilo que pode ser desenvolvido na teoria e na prática em cada contexto: no México, no Brasil, em São Paulo ou no Amapá. Afinal, em um mundo globalizado, de nada adianta fechar-se no seu país ou na sua escola para educar. E, nesse mesmo mundo, de nada adianta sair importando à torto e à direito, sem relativizar os processos de conhecimento e entender as necessidades específicas e as peculiaridades de cada sala ou aluno. A colisão e a síntese do que sai no processo de entendimento para aperfeiçoar a prática, retroalimentada pela experiência de cada um e pela reflexão sobre as ações feitas.

Mais informações:

Moita Lopes, Luiz Paulo(org.). 2006. Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. Parábola:São Paulo.

Canagarajah, Suresh(org). Reclaiming the Local in Language Policy and Practice. Mahwah, New Jersey, EUA: Lawrence Erlbaum.

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